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Com alguma regularidade, recebo em meu consultório pacientes que enfrentam uma patologia que é muito frequente em períodos decisivos, reflexivos ou de crise (financeira, amorosa, existencial...), nos últimos tempos, inclusive, está ficando bem frequente os relatos de pessoas que sofrem de ataques de pânico. Os sintomas são muito semelhantes a um ataque cardíaco, inclusive, os pacientes, no momento do ataque, costumam confundir ambos e a sensação de que irá morrer naquele exato momento acaba por intensificar essa terrível e dolorosa experiência.
Os ataques ocorrem “sem motivo aparente” geralmente, apresentando os seguintes sintomas:
Palpitações cardíacas; Dificuldade para respirar ou sensação de que você não tem ar suficiente; Terror paralisante; Tonturas, vertigens ou náuseas; Tremores ou sudorese; Asfixia; Dores no peito; Ondas de calor ou calafrios; Formigamento nos membros; Medo excessivo da morte; Medo de estar ficando louco.
Estes ataques duram pouco tempo, geralmente alguns minutos, mesmo sendo uma experiência terrível, o ataque por si só não é fisicamente perigoso, o maior dano, mas não menos perigoso, é o dano psicológico. É muito comum, nestes ataques as pessoas se dirigirem a um pronto socorro, e depois de uma bateria de exames ouvir do médico:
Seus exames clínicos mostram que você é uma pessoa saudável, não há nenhum problema físico, trata-se de algo psicológico...
E é neste momento que a pessoa se tranquiliza e esquece do episódio, até que surge um novo ataque, geralmente com proporções maiores, e torna-se mais grave quando desenvolve em paralelo aos ataques o transtorno de pânico, que é um tipo de transtorno de ansiedade.
Nem todos que sofrem de ataques de pânico desenvolvem o transtorno do pânico.
Como é possível diferenciar ambos?
O ataque de pânico costuma apresentar os sintomas descritos acima, e caso comecem a se repetir com frequência e apareça outros sintomas, como:
A sensação de estar fora de controle, preocupar-se intensamente sobre quando o próximo ataque vai acontecer, medo extremo ou evitar lugares onde os últimos ataques de pânico ocorreram, medo de sair de casa sozinho e isolar-se cada vez mais, são indicativos que a pessoa está enfrentando além dos ataques, o transtorno.
Para superar essas patologias, é necessário estar atento aos primeiros ataques e buscar auxílio o mais rápido possível, pois o quadro vai se agravando a cada novo ataque.
Quais profissionais devem ser procurados?
Caso a pessoa já esteja em um quadro avançado, se isolando em casa, com ataques recorrentes, com um grande medo da morte, é necessário primeiramente buscar um bom psiquiatra para iniciar uma intervenção medicamentosa, no entanto, esta intervenção irá sanar de forma paliativa o problema, passado o efeito da medicação, os sintomas estarão propensos a retornar, desta forma, concomitante a medicação, é necessário conciliar um processo terapêutico para tratar os conflitos internos que resultaram nos ataques, neste momento, recomendo buscar um psicanalista de sua confiança para iniciar um processo de análise pessoal, pois este tipo de tratamento apresenta-se muito eficaz se conciliado com a medicação adequada, possibilitando que ao término do tratamento, supervisionado pelo médico psiquiatra, o paciente iniciará o processo de desmame da medicação para a partir disso, adquirir a alta desta patologia.
O tempo de resposta do tratamento é diferente de paciente para paciente, e dependerá exclusivamente de cada pessoa, mas em média, após o segundo mês de tratamento o paciente já colhe um alívio significativo de seus sintomas e avança na direção do resgate de sua autonomia, se aventurando a pequenos passeios sozinho até retornar novamente a sua rotina de trabalho, estudos e lazer.
by Antonio Santos.
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